Índice é menor que o de março, de 0,69%, e também o do mesmo mês do ano passado, de 1,73%
O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15), indicador que mede a prévia da inflação oficial no Brasil, ficou em 0,57% em abril. A taxa é menor na comparação com o último mês de março, que foi de 0,69%, e também inferior à do mesmo mês do ano passado, que havia registrado 1,73%. Os dados foram divulgados na última quarta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com a taxa, o IPCA-15 acumula inflação de 2,59% ao ano. Já para o período de 12 meses, o acumulado apresenta 4,16%, índice inferior aos 5,36% registrados até março deste ano. De acordo com o IBGE, a inflação apareceu neste mês de abril nos nove grupos de despesas, com destaque para o segmento de transportes, que registrou 1,44%. Houve alta de preços ainda nas passagens aéreas, de 11,96%, na gasolina, de 3,47%, e no etanol, de 1,10%.
Na segunda posição de destaque está o setor de saúde e cuidados pessoais, com registro de 1,04%, cujo aumento de preços foi puxado por produtos farmacêuticos, com 1,86%, e planos de saúde, com 1,20%. Também houve impacto no IPCA-15 vindo do segmento de habitação, com variação especialmente por causa da energia elétrica residencial, que apresentou 0,84%.
Já o setor de alimentação ficou com a menor variação de preços entre os grupos de despesa, com 0,04%. Vestuário apresentou 0,39%, seguido por despesas pessoas, com 0,28%; educação, com 0,11%; artigos para residência, com 0,07%; e comunicação, com 0,06%.
O IBGE explica que o IPCA-15 refere-se ao período de coleta que vai do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência e na abrangência geográfica, diferentemente do IPCA, considerado a inflação oficial do País. No IPCA-15 constam 367 subitens, que são os bens e serviços, enquanto que no IPCA, 377. Nos dois casos, os subitens são divididos em nove grupos, que são alimentação e bebidas, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação.
A pesquisa é feita com famílias com rendimentos de um a 40 salários mínimos, habitantes de 11 áreas urbanas, que são São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza, Salvador, Recife, Belém, Goiánia e o Distrito Federal.
CONSTRUÇÃO CIVIL
A construção civil apresenta inflação em abril, de 0,23%. É o que mostra o INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção-M), indicador calculado pela FGV (Fundação Getulio Vargas). A taxa é maior que a de março, que havia sido de 0,18%, mas inferior à de abril do ano passado, de 0,87%. Com o resultado, o indicador acumula inflação de 0,93% no ano e de 7,48% no período de 12 meses. Materiais e equipamentos inflacionaram 0,14% em abril, contra diminuição de preços, a chamada “deflação”, de 0,07% em março. Já a mão de obra apresentou inflação de 0,23% no mês, taxa abaixo do índice de março, de 0,27%.